domingo, 27 de outubro de 2013

--- Marijuana, Cérebro e Saúde ---


--- Maconha, Cérebro e Saúde ---

Nunca foi tão oportuna quanto agora a discussão sobre os efeitos cerebrais e fisiológicos da Cannabis, popularmente conhecida como maconha. Se por um lado uma parcela da sociedade começa a questionar a pertinência das políticas públicas que criminalizam seu uso, por outro a ciência avança a passos largos para decifrar a enorme variedade de efeitos fisiológicos e psicológicos induzidos por seus princípios ativos. […] A maconha é uma das drogas recreativas mais usadas no mundo e está entre as mais antigas plantas domesticadas pelo homem. Esteve presente nos primórdios da agricultura, tecnologia, religiões e medicina. Testemunhos eloqüentes de seu impacto na civilização estão presentes nas escrituras sagradas e nos mais antigos documentos médicos das mais diversas culturas.

O número de artigos científicos publicados sobre o sistema canabinóide cresce linearmente a cada ano, de forma que a maconha protagoniza uma verdadeira revolução, representando uma das mais promissoras fronteiras no desenvolvimento da neurobiologia e da medicina. A descoberta dos endocanabinóides, ou seja, moléculas análogas aos princípios ativos da maconha, mas produzidas pelo próprio cérebro, é a grande novidade por trás dessa guinada científica. Neste início de século XXI, acredita-se que os canabinóides possam estar envolvidos na remodelação de circuitos neuronais, na extinção de memórias traumáticas, na formação de novas memórias e na proteção de neurônios. […] A desregulação do sistema canabinóide pode estar envolvida nas causas da depressão, dependência psicológica, epilepsia, esquizofrenia e doença de Parkinson.

Acredita-se que a Cannabis seja originária da região central da Ásia, onde ainda é encontrada em sua forma silvestre. Hoje em dia, uma extensa faixa de estepes entremeada por desertos recobre esta região seca e gelada. Entretando, há evidências de que a planta já existia por ali numa época em que o clima era mais úmido e quente, o que confirma sua extraordinária capacidade adaptativa. Desta região a planta teria se espalhado pelo mundo graças aos movimentos migratórios de nômades e à atividade de comerciantes. A milenar relação do homem com esta planta acabou por gerar inúmeras variedades das três subespécies da Cannabis (indica, sativa, ruderalis), selecionadas segundo o interesse de quem as cultivava, tais como a qualidade da fibra e a quantidade da resina que produziam.

Vêm da China as mais antigas evidências da relação do homem com a Cannabis. Em 1953, numa vila chamada Pan-p’o, às margens do Rio Amarelo, trabalhadores escavavam as fundações de uma fábrica moderna sem imaginar que retiravam do chão a terra que os separava da pré-história de seu povo. Ali, sob sedimentos acumulados por mais de 6 mil anos, eles encontrariam indícios de que a Cannabis já fazia parte daquele cotidiano da idade da pedra: peças de cerâmica caprichosamente decoradas com marcas de tramas feitas de fibras de Cannabis. O achado arqueológico sugere que a Cannabis era usada na tecelagem rudimentar e na confecção de cordas e redes de pesca pelos ancestrais dos chineses. Outros sítios arqueológicos espalhados pela China e na Ilha de Taiwan revelaram que ao longo dos séculos a versatilidade dos usos da Cannabis tornou seu cultivo imprescindível para a vida nas vilas do leste asiático. Seus pequenos frutos se tornaram um dos mais importantes grãos usados na alimentação, e uma fonte primordial de óleo comestível e combustível. […] A qualidade das fibras da Cannabis também possibilitou aos chineses a invenção do papel.

Segundo o botânico e geógrafo russo Nicolay Vavilov (1887-1943), o homem primitivo experimentava todas as partes das plantas que pudesse mastigar, de forma que os brotos e inflorescências de variedades de Cannabis ricas em resinas aromáticas e pequenos frutos oleosos deveriam lhe parecer especialmente atraentes. Evidentemente, para aqueles que vieram a comer da planta, foi inevitável ingerir também os princípios psicotrópicos abundantes na sua resina, transformando a despretensiosa refeição numa experiência certamente inesquecível, com enormes consequências para a humanidade. Naquele contexto, os efeitos mentais da maconha teriam representado para esses coletores incautos nada menos do que um mergulho profundo em uma realidade completamente fora deste mundo, produzindo intensas sensações místicas.
…o homem antigo gradualmente aprendeu a reconhecer as propriedades farmacológicas das plantas por tentativa e erro, experimentando-as. Esse tipo de conhecimento empírico foi sendo adquirido e preservado pelos antigos xamãs asiáticos. […] Em 2006, foi encontrada na divisa entre China, Mongólia e Rússia a tumba de um xamã que viveu a cerca de 2.500 anos. Com ele foi enterrada, além de um instrumento musical, uma cesta de ouro contendo um farto suprimento de brotos e inflorescências de maconha que, devido ao frio, ainda presevavam um alto teor de canabinóides. Para xamãs como este, as propriedades psicotrópicas e medicinais dos mais diversos princípios da natureza, inclusive a maconha, eram sagradas e constituíam valiosas ferramentas farmacológicas necessárias ao ofício diário de diminuir as dores do corpo e dialogar com as diferentes dimensões da consciência.

A mais antiga farmacopéia (enciclopédia de medicamentos) do mundo, o Pen-ts’ao ching, foi escrita no primeiro século depois de Cristo a partir da compilação desse conhecimento tradicional, passado de geração em geração. […] A maconha era ali indicada para o tratamento de dor reumática, constipação, problemas femininos associados à menstruação, beribéri, gota, malária e falta de concentração…
O grego Heródoto (484-425 a.C.) nos legou em sua História o mais vívido e explícito relato que existe sobre os efeitos psicoativos da maconha na antiguidade. Segundo este relato, como parte de um ritual de purificação após enterrarem seus mortos, os citas entravam em uma tenda no centro da qual colocavam um caldeirão de bronze contendo pedras aquecidas. ‘Os citas então jogam as sementes de maconha nas pedras em brasas: as sementes queimam como incenso e produzem um vapor tão denso que nenhuma sauna grega poderia superar. Ao se deliciarem com esses vapores, os citas uivam como lobos’. […] A Cítia eventualmente desapareceu como nação, mas seus descendentes se espalharam pela Europa oriental, legando costumes presentes até hoje no folclore dessa região, sobretudo no norte dos Bálcãs, onde, por ex., se toma sopa com sementes de Cannabis no dia de ano-novo.

O filósofo grego Demócrito, contemporâneo de Heródoto, relatou que ‘a maconha era bebida ocasionalmente, misturada com mirra e vinho, para produzir um estado visionário’. […] “…o uso médico e religioso da maconha sob a forma de uma bebida chamada bhanga já fazia parte da cultura dos persas na época de Heródoto… a bhanga teria a capacidade de revelar aos mortais os mais altos mistérios.
É bem possível que os hebreus já soubessem da existência da maconha antes mesmo de sua fuga do Egito, tendo em conta que os historiadores acreditam que o êxodo descrito no velho testamento possa ter ocorrido durante ou pouco antes do reinado do faraó Ramsés II (1195-1164 a.C.), o qual provavelmente conhecia muito bem os efeitos da maconha, conforme se pôde constar pela grande presença de canabinóides nos cabelos de sua múmia.
Em nenhuma outra civilização a maconha teve um prestígio religioso e medicinal tão expressivo quanto na Índia. De acordo com o Vedas, conjunto de textos que compõem as bases filosóficas do Hinduísmo, os deuses teriam mandado a maconha ao homem para que este pudesse alcançar mais coragem, libido e prazer. Uma fábula conta que, em um dia ensolarado, Shiva, o deus mais importante do Hinduísmo, estava aborrecido por causa de um desentendimento com sua família e saiu sozinho para caminhar nos campos, até que resolveu buscar proteção do sol sob a sombra de um majestoso arbusto de maconha. Curioso a respeito da planta que lhe dera abrigo, Shiva comeu de suas folhas e se sentiu tão revigorado que adotou a planta como sua favorita. […] Um livro sagrado escrito entre 2000 e 1400 a.C. reconhece a propriedade que a maconha tem de aliviar a ansiedade. O Vedas também se refere à maconha, uma das cinco ervas sagradas do Hinduísmo, como sendo uma fonte de alegria, regozijo e liberdade.
Diz uma lenda da corrente mahayana do Budismo tibetano que Siddharta Gautama, a primeira encarnação de Buda, se alimentou exclusivamente de sementes de maconha, uma por dia, durante os seis anos de preparação que precederam sua chegada ao Nirvana. Já na tradição do Budismo Tântrico… a maconha é utilizada para facilitar a meditação e potencializar as percepções sensoriais envolvidas em cada aspecto das cerimônias tântricas. Nos ritos sexuais, uma boa quantidade de bhang é ingerida com antecedência, de forma que os efeitos potencializadores dos sentidos coincidam com o auge da prolongada cerimônia sexual cujo objetivo final é o de alcançar a comunhão espiritual com a deusa Kali.

Foi somente por consequência da ocupação britânica da Índia, já no século XIX, que a Europa veio a tomar contato com as propriedades medicinais da maconha…. seu uso se espalhou pela Europa e EUA de tal forma que, já nas primeiras décadas do século XX, dezenas de remédios à base de maconha estavam sendo produzidas pelos mais importantes laboratórios farmacêuticos, sendo recomendadas pelos médicos para os mais variados problemas, incluindo: enxaquecas, dor-de-dente, cólicas menstruais, hemorragia menstural e pós-parto, risco de aborto, úlcera gástrica, indigestão, inflamação crônica, reumatismo, eczema, estímulo do apetite e tratamento de anorexia.
Parale

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Politica em Portugal



Partilho porque isto não passa na tv, isto ninguém quer assumir, porque são tão culpados os que roubam como os que consentem...mas a mim pelo menos nem idealistas nem chupistas me metem a mão, sou um puto que enriqueceu com dinheiro fora do sistema financeiro, um puto que cresceu bem longe do sistema politico porque nunca precisei de religiões nem regimes que me dissessem no que acreditar e como pensar pois sempre vi a riqueza da educação que tive e dos valores que me deram a superar essas pessoas engravatadas do mundo da ilusão da matéria e da ilusão,um puto que enriqueceu como pessoa muito longe da escola e do sistema de ensino e com esta minha inocência "meto no bolso" catedráticos que se sentem burros perto de mim apesar de tanto conhecimento que tem e tão crianças se sentem por não terem tido como trabalhar a seu nível de consciência pois perderam-se no meio do seu pseudo conhecimento e da sua pseudo maturidade não sabem eles que perderam tudo quando deixaram fugir a inocência e a simplicidade e a humildade de se sentirem burros com tanto para aprender todos os dias pena tenho eu de tristes criaturas enganadas e programadas por uma propaganda de milhares de anos,  que não depende do sistema, um puto que sofre desde os 3 anos de uma doença crónica que a única resposta que encontra no sistema de saúde é a sustentabilidade da minha doença a continuidade da mesma e a forma de a manter controlada em vez de encontrar o amor que gera a cura e a preocupação que gera a harmonia de um ser que sofre por algo que lhe falta ou por algo que tem a mais e este puto aqui sozinho no meio de tanto lixo e de tanta escuridão tem uma luz que brilha de forma pura que vai dizimando a escuridão dos outros trazendo-os pra vontade de viver e para a cura e dessa forma este puto esta se a curar aos poucos porque sim cada dia sofro menos os meus sintomas e todos os dias vou perdendo as limitações que sempre me disseram ter e nunca as vi pois sempre vi as coisas a minha maneira e que riqueza a minha por ser assim,  não desconto para o sistema nem nunca descontarei, e luto contra ele com tudo o que tenho e que sou pois acredito que os que dormem um dia acordam , consciencializam-se e começam a agir, porque este panorama foi alimentado por milhares de anos, por falta de acção e excesso de criticas!!!

Todos os dias me chamam de louco mas é esta minha loucura que me faz ter a noção que estou aqui a fazer o meu propósito e a provocar a mudança, muito longe de todos os que nada mudam....e quando falo de mudança, não falo de manifestações, de guerras, de revoltas desnecessárias porque os governantes não temem a violência porque eles tem defesa toda a defesa precisa, ignorância gera ignorância - violência gera violência etc...este é o panorama plantado á milhares de anos e está na origem de todas as guerras, nada disso...quando falo em mudança refiro-me à mudança interior, ao que somos como mente, à forma que pensamos que reflexionamos e que vemos esta realidade, porque quando mudamos cá dentro , tudo muda cá fora, todos nós somos co-creadores, todos temos nas nossas vidas exemplos disto a que me refiro, muitos mudaram a sua forma de pensar com a experiência e viram o feed-back a ser completamente alterado, um pai que começou a ser menos exigente e ao dar liberdade o puto começou a ser mais coerente e assertivo!! A mãe que não podia com cães em casa mas que passado uns anos o cão tornou-se a vida dela!! etc...o que mudou aqui?? espero que a experiência de tantos anos a sermos tratados como lixo sirva de lição para sermos mais pacifistas , perdermos as rédeas dos idealismos que nos prendem e darmos espaço á liverdade, á descoberta, e a ascensão de consciência que nos faz mudar este mundo para melhor!!

Obrigado pela vossa atenção, estas palavras tem com elas muita revolta e inconformidade , mas estão cheias de amor e carinho e as melhores das vibrações para que vos inspirem e a transformar a materialização dos vossos sonhos e dos que vos rodeiam a todo o momento.


Eduardo Correia