sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Kundalini


Kundalini, ou o "poder ígneo", é a grande força magnética, o princípio universal de vida que existe latente em toda matéria. Também chamada "fogo serpentino", é a vida que flui através dos centros vitais ou chakras.
Princípio ativo que tanto pode criar como destruir, seu despertar para uma atividade voluntária visa coordenar as diversas manifestações vitais num todo harmonioso.

O que é a Kundalini? A palavra sânscrita tem sido traduzida de várias maneiras, em geral por aqueles que não têm uma concepção real, seja ela qual for, da função que é a sua marca. Supõe-se que a raiz da palavra seja o verbo kund, que significa "queimar". Este é o significado essencial, pois a kundalini é Fogo em seu sentido de abrasamento. Contudo, temos uma explicação adicional para a palavra no substantivo kunda, que significa orifício ou cavidade. Isso nos dá uma idéia do recipiente onde o Fogo arde. Mas há muito mais do que isso. Há também o substantivo kundala, que significa bobina espiral, anel. Temos aqui um noção do modo pelo qual o Fogo atua e se desenvolve. A palavra kundalini se originou de todos esses derivados, que atribuem uma feminilidade criativa ao Fogo, o Fogo Serpentino, como algumas vezes é chamado, o poder criativo feminino que está adormecido dentro de uma cavidade, dentro de um útero, despertando para o movimento rítmico da impetuosa subida e para a emissão de torrentes de Fogo. Ela é uma palavra que significa o aspecto feminino da força criativa da evolução, força esta que jaz adormecida, em sua potencialidade específica e muito particular, como que em posição fetal em um útero, na base da espinha dorsal humana.

O começo do despertar: Espera-se que o resultado seja um sutil despertar de uma consciência mais ampla, uma vaga sombra do espírito da consciência Cósmica. Desse modo, uma fragrância do que pode ser chamado de ozônio espiritual, se elevará no ar. Exultante, o discípulo estabelece contato do seu eu inferior com o seu Eu superior de maneira muito mais ampla do que já tenha feito antes dentro dos limites da sua atual encarnação. Ele alcança uma desobrigação, uma liberdade. Ele converte-se em um pássaro que finalmente começa a descobrir como usar as asas, batendo-as alvoroçadamente, embora ainda incapaz de levantar vôo. Neste afã de voar, ele começa a distinguir o real do irreal, o verdadeiro do falso, o útil do inútil, o belo do feio. Embora ele permaneça geralmente incapaz de fazer uso do discernimento assim despertado, ao menos conhece, experimenta e, mais cedo ou mais tarde, o conhecimento-experiência transforma-se numa atividade equilibrada. Quando isso começa a ocorrer, é chegada a hora de aparecerem os primeiros passos da kundalini, que finalmente, libertará para sempre no indivíduo o Fogo da vida e colocará sobre sua cabeça a Coroa de Flores do Reino eterno.

Os chakras servem de centros para a manifestação de várias emoções humanas, como o amor, o medo, a raiva e a alegria. Os chakras têm sido descritos como centros nervosos que governam os vários órgãos, ou como rodas giratórias, ou como vórtices que servem para ligar o corpo físico aos corpos etérico, astral, mental ou casual.

Os chakras também funcionam num contexto prático. Diz-se que o que experimentamos na vida depende, até certo ponto, do chakra com o qual estamos sintonizados, pois cada chakra é energizado por atributos emocionais, mentais, psíquicos e espirituais.

Os chakras podem ser encarados como centros de energia e, o que é muito mais, também podem representar acesso a outros mundos, a outras dimensões. O Tantrismo ( são nove chakras, sendo 2 não tão importantes ) descreve os chakras com flores de lótus e domínios habitados por Deuses e Deusas. Os quatro elementos – Terra, Água, Fogo e Ar – e os sons, os cheiros e as visões básicas estão associadas aos chakras, como os Cinco Sentidos.

Eis aqui, portanto, os chakras do modo como são descritos nos textos do Tantrismo.

1- O CHAKRA MULADHARA: O mais baixo na hierarquia dos sete chacras maiores e dos dois menores, localiza-se na base da espinha, na região perineal. Nesse chacra a força da serpente, a Devi Kundalini, jaz adormecida. A Devi tem o brilho do raio e sua cauda esta enrolada três vezes e meio em torno de uma língua ( símbolo de Shiva ) de ouro derretido. O chacra Muladhara, com quatro pétalas de lótus, é presidido pela Devi Dakini, de quatro braços e olhos vermelhos brilhantes, " portadora da revelação da inteligência sempre pura, e pelo Deva Brahma, senhor do mundo físico. Esse chacra pode ser chamado de chacra da experiência física. Está associado à terra e ao sentido do olfato. OBS.: DEVI = Deusa / DEVA= Deus

2 – O CHAKRA SVADHISTHANA: Possuindo seis pétalas rubras de lótus, localiza-se debaixo do umbigo e na área acima dos órgãos genitais. É presidido pela Devi Rakini azul, colorida de lótus e de aspecto furioso, que carrega armas no braços erguidos, e pelo luminoso Deva Vishunu azul, que também tem quatro braços e é a energia do universo vital que tudo impregna. Como o chakra Muladhara, este se acha intimamente aliado a terra. Associa-se à água e ao sentido do paladar.

3 – O CHAKRA MANIPURA: Tem dez pétalas de lótus da cor das nuvens de chuva pesada e localiza-se no plexo solar. É presidido pela Devi Lakini, de três faces, quatro braços e portadora do fogo, e por seu consorte o Deva Rudra, de cor vermelha, que possui também quatro braços, carrega o fogo e representa o mundo da mente. Embora Lakini coma carne e tenha atributos mais densos que os de uma vegetariana, este chakra é menos orientado para a terra do que os chakras Muladhara e Svadhisthana, e pode ser considerado mais como centro emocional. O chakra Manipura associa-se com o fogo e com o sentido da visão.

4 – O CHAKRA ANAHATA: Este chakra, com doze pétalas vermelhas de lótus, localiza-se na região do coração. É presidido pela Devi Dakini, que possui três olhos, é feliz e benfazeja a todo mundo. O presidente Deva Isha é também senhor dos três primeiros chakras; compassivo, representa a revelação dos mistérios do tempo e do espaço. O chakra Anahata pode ser considerado um centro de consciência, e que é aqui que se pode ouvir o som que vem sem o embate de duas coisas uma na outra.

A. O CHAKRA ANANDA – KANDA : Um dos dois chakras menores. Pequeno, localiza-se logo abaixo do chakra do coração (Anahata) e, muitas vezes, nem é citado. Apesar disso, existe e tem oito pétalas de lótus rosa – carmesim. Diz-se que esse chakra concede, às vezes, a satisfação de desejos antes mesmo que os formule a mente.

5 – O CHAKRA VISSUDHA: Com dezesseis pétalas roxas e enfumaçadas de lótus, localiza-se na região da garganta. É presidido pela Devi Shakini e pelo Deva Sada-Shiva, cada um dos quais possui cinco rostos, três olhos e múltiplos braços. Enquanto Shakini se mostra vestida de um branco brilhante, e tem a forma da própria luz, Sada-Shiva é um andrógino, de corpo metade branco, representando Shiva, e metade ouro, representando Skakti. O chakra Vissudha, está ligado à purificação da inteligência e associa-se ao éter e ao sentido da audição.

B. O CHAKRA LALANA : Este é outro chakra menor. Tem doze pétalas vermelhas de lótus e localiza-se acima do chakra da garganta ( Vissudha ), na raiz do céu da boca. Associa-se à fé, ao contentamento, à sensação de erro, ao domínio de si próprio, à raiva, à afeição, à pureza, ao alheamento, à agitação e ao apetite.

6 – O CHAKRA AJNA: Este chacra tem duas pétalas brancas de lótus e localiza-se entre as sobrancelhas. Trata-se de um chakra muito pequeno e suas duas pétalas mal preenchem o espaço entre as sobrancelhas. É às vezes, encarado como o terceiro olho místico – o olho interior ou mental. O chakra Ajna é presidido pela Devi Hakini e seu consorte, o Deva Paramashiva, ambos os quais ingressaram num estado de alegria produzido por tragos de ambrosia. Essas divindades possuem seis rostos, três olhos, braços múltiplos e brilham como o relâmpago. O chakra Ajna associa-se à mente e às faculdades mentais.

7 – O CHAKRA SAHASRARA: A este dá-se o nome de Lótus das mil pétalas; em suas pétalas, todas as cores se combinam, e ele abrange todos os sons. Localiza-se na coroa da cabeça. Poder-se-ia dizer que é presidido por Brahma, pois aqui se encontram a Kundalini – Shakti, de modo que ele volta a unir-se a Brahma. O brilho das mil pétalas do lótus é a expressão da iluminação. O chakra Sahasrara, portanto, sinônimo de samadhi, é onde ocorre a explosão na consciência cósmica.



Como já vimos, Kundalini ou o Fogo Serpentino é uma das forças emanantes do Sol, inteiramente independente e distinta de Fohat e de prâna, e que, no estado atual dos nossos conhecimentos, acreditamos incapaz de ser convertido em qualquer dessas duas energias.

Kundalini recebeu nomes diversos: o Fogo Serpentino, o Poder ígneo, a Mãe do Mundo.

Aparece ao clarividente, literalmente, como uma torrente de fogo líquido, percorrendo o corpo. Seu trajeto normal é uma espiral, semelhante às curvas de uma serpente; "Mãe do Mundo" é nome bastante apropriado, porque é por ela que podem ser vivificados nossos diversos veículos.

Pode-se ver um antigo símbolo da coluna vertebral e de Kundalini, no tirso, bastão com uma ponta cuniforme na extremidade. Na índia encontramos o mesmo símbolo: o bastão é aí substituído por um bambu, com sete nós, que naturalmente representam os sete chakras ou centros de força.

Em certos mistérios, em lugar do tirso se empregava um tubo de ferro que se supunha conter fogo.

A insígnia dos barbeiros, símbolo certamente muito antigo, com suas faixas em espiral e a protuberância terminal, tem a mesma significação, segundo dizem, pois o barbeiro moderno é o sucessor dos antigos cirurgiões, que praticavam também a alquimia, ciência ou trora mais espiritual do que material.

Kundalini existe em todos os planos que conhecemos e parece apresentar igualmente sete camadas ou graus de potência.

O corpo astral era, na origem, uma espécie de massa quase inerte, sem a mais vaga consciência, sem nenhuma capacidade definida de ação e sem conhecimento preciso do mundo ambiente. Sobreveio depois o despertar de Kundalini no plano astral, no chakra correspondente as da base da espinha dorsal. Esta força se encaminhou então para o segundo centro, o umbigo e o vitalizou, acordando, assim, no corpo astral, a faculdade de sentir, de ser impressionado por todas as espécies de influências, porém sem lhe dar ainda a compreensão precisa.

Kundalini passa daí ao terceiro centro (esplênico), ao quarto (cardíaco), ao quinto (garganta), ao sexto (entre os supercílios) e ao sétimo (no alto da cabeça), despertando em cada um as diferentes faculdades descritas nos capítulos precedentes.

O mecanismo que nos dá a consciência do que se passa no astral é interessante e merece ser bem compreendido pelos estudantes. No corpo físico, possuímos órgãos especiais, localizados, cada um, em região fixa e particular: órgãos da vista, do ouvido, etc. Mas no corpo astral reina uma disposição completamente diferente, pois não há necessidade de órgãos especializados para conseguir os resultados desejados.

A matéria do corpo astral está em constante movimento; as partículas deslizam e turbilhonam como as da água fervendo, e passam todas, sucessivamente, pelos centros de força. Por conseguinte, cada um! destes centros confere, às partículas do corpo astral, a faculdade de responder a determinada categoria .de vibrações, correspondentes ao que no mundo físico chamamos vibrações da luz, do som, do calor, etc.

Quando, pois, os centros astrais são vivificados e se põem a funcionar, conferem as diversas faculdades à matéria toda do corpo astral, de tal forma que este se torna capaz de exercer seus atributos em qualquer região. É por isto que o homem, aluando em seu corpo astral, pode ver tanto os objetos colocados à sua frente, como atrás, em cima e embaixo, sem precisar voltar a cabeça. Não se pode, pois, definir os chakras ou centros como órgãos sensórios, no -sentido vulgar do termo, embora proporcionem ao corpo astral faculdades sensoriais.

Entretanto, mesmo quando estes centros astrais estão plenamente despertos, não resulta, de maneira alguma, que o homem possa transmitir ao corpo físico a menor consciência da ação dos mesmos.

Na realidade, em sua consciência física ele pode muito bem ignorar por completo essa ação.

O único modo de transmitir ao cérebro físico a consciência das experiências astrais se dá pelo prévio despertar e ativamento dos centros etéricos correspondentes.

O método dê despertá-los é exatamente o mesmo adotado no corpo astral, isto é, pelo despertar de Kundalini, que dorme na matéria etérica, no chacra situado próximo da base da espinha dorsal.

O despertar de Kundalini resulta do ativamento do centro na base da espinha, mediante um esforço prolongado e persistente da vontade. Desperto Kundalini, sua força tremenda vivifica sucessivamente os demais centros.

O efeito produzido sobre estes centros é o de conferir à consciência física as faculdades despertas pelo desenvolvimento dos centros astrais correspondentes.

Mas, para obter estes resultados, é necessário que o fogo serpentino passe de chacra em chakra, em certa ordem e maneira variáveis segundo os tipos humanos.

Os ocultistas, que conhecem os fatos por experiência própria, são extremamente cuidadosos em não dar a indicação quanto à ordem em que o fogo serpentino deve passar através dos chakras.

A razão disto é que há muitos e sérios perigos, cuja gravidade não deve ser ocultada, para aqueles que despertam Kundalini, acidental ou prematuramente. Fazem-se as mais/solenes advertências a quem cogite em fazer qualquer tentativa deste gênero, antes do momento azado ou sem a direção de um Mestre ou um ocultista experimentado.

Antes do despertar de Kundalini, é absolutamente essencial que o homem tenha atingido certo grau de pureza moral e também sua vontade seja suficientemente forte para dominar esta força. Alguns dos perigos relacionados com o fogo serpentino são puramente físicos. Seu movimento descontrolado produz freqüentemente intensas dores físicas e pode até facilmente romper tecidos e destruir a vida física. Pode igualmente prejudicar os veículos superiores ao físico.

Um dos efeitos muito freqüentes de seu despertar prematuro, é dirigir-se ele para as regiões inferiores, em lugar de se elevar para as partes superiores do corpo; excita, desta forma, paixões menos desejáveis, estimula-as e intensifica-as a tal ponto que o homem não lhes pode resistir. Nas garras dessa força, ele é tão impotente, quanto o nadador nas mandíbulas de um tubarão.

Esses homens se tornam sátiros, monstros de depravação, porque estão a mercê de uma força de todo desproporcional à capacidade da resistência humana. É provável que alcancem certos poderes supranormais, mas estes só servirão para pô-los em contato com seres subumanos, com os quais não deve a humanidade manter intercâmbio. E para safar-se desta sujeição, poderá ser necessário mais de uma encarnação.

Há uma escola de magia negra que, com este propósito, se utiliza de Kundalini, porém os adeptos da Boa Lei, ou Magia Branca, jamais fazem uso dos centros de força inferiores empregados por esta escola.

Além disto, o desenvolvimento prematuro de Kundalini intensifica tudo na natureza humana e afeta mais prontamente as qualidades más do que as boas. No corpo mental, por exemplo, desperta facilmente a ambição e esta logo cresce excessivamente; e o grande aumento da inteligência é acompanhado de orgulho anormal e satânico.

Kundalini não é uma força comum, mas algo de irresistível. O ignorante que, por infelicidade, a despertar, deve imediatamente consultar uma pessoa competente. Segundo os dizeres do Hathayogapradipika, "Ela conduz os iogues à libertação e os tolos à escravidão".

Algumas vezes o fogo serpentino se desperta espontaneamente; sente-se então um calor morno, e em casos raros, pode começar a movimentar-se por si.

Neste último caso, apareceriam provavelmente dores intensas, pois os canais não estão preparados para a passagem do fogo serpentino, e este tem que abrir caminho queimando grande massa de detritos etéricos, processo este necessariamente doloroso.

Em tais casos, a força fluirá usualmente de baixo para cima, pelo interior da coluna vertebral, em lugar de seguir o curso em espiral, que o ocultista aprende a fazê-lo seguir. É preciso, se possível, deter, por um esforço de vontade, esta marcha ascendente; porém se não se conseguir isto, o que é provável, a corrente sairá sem dúvida pela cabeça e se perderá na atmosfera, sem qualquer outro dano senão um enfraquecimento. Talvez possa também causar perda momentânea da consciência. Entretanto, os perigos realmente graves provêm, não do fluxo ascendente, mas do descendente.

Como já expusemos brevemente, a principal função de Kundalini no desenvolvimento oculto é percorrer e vivificar os chakras etéricos, afim de comunicar à consciência física experiências astrais. Assim "A Voz do Silêncio" de H. P. Blavatsky, disponível na Biblioteca Luz, ensina que semelhante vitalização do centro colocado entre os supercílios permite ouvir a voz do Mestre, isto é, do EGO ou EU superior. A razão disto é que o corpo pituitário (ou hipófise), em plena atividade, constitui uma ligação perfeita entre as consciências astral e física.

Em cada encarnação é preciso renovar o domínio de Kundalini, pois em cada vida os veículos são novos, porém quem já o conseguiu -completamente uma vez, a repetição lhe será mais fácil.

A formação do elo entre a consciência física e a do EGO tem também suas correspondências nos níveis superiores. No EGO corresponde à sua ligação com a consciência da Mônada, e na Mônada, com a consciência do Logos.

A idade não parece afetar o desenvolvimento dos chakras por meio de Kundalini, mas a saúde é uma necessidade, pois só um corpo vigoroso pode suportar a tensão.





Fonte: Consciência Cósmica

terça-feira, 11 de dezembro de 2012



Lei da potencialidade pura

A fonte de toda a criação é a conscientização pura…

a potencialidade pura que busca expressar-se do


não manifesto ao manifesto…

E quando descobrimos que nosso verdadeiro

Eu é potencialidade pura, alinhamo-nos

à força que coordena tudo no universo.

No princípio

Não havia existência ou inexistência

O mundo era energia não revelada…

ELE vivia, sem viver, por SEU próprio poder

E nada mais havia…

Hino da Criação, do Rig Veda.

Somos, essencialmente, consciência pura. Consciência pura significa potencialidade pura. É o campo de todas as possibilidades e da criatividade infinita. Consciência pura é a nossa essência espiritual. Ser infinito e ilimitado é a pura satisfação. Outros atributos da conscientização são o conhecimento puro, o silêncio infinito, o equilíbrio perfeito, a invencibilidade, a simplicidade, a felicidade. Essa é a nossa natureza essencial, que é potencialidade pura.

Quando você descobre sua natureza essencial, quando sabe quem realmente é, encontra toda a sua potencialidade. É no conhecer-se que reside a capacidade de realização de todos os sonhos, porque você mesmo representa toda a possibilidade eterna, a imensurável potencialidade de tudo o que foi e poderá vir a ser. A lei da potencialidade pura também poderia ser chamada de lei da unidade, pois sob a diversidade infinita da vida encontra-se a unidade do espírito da pessoa. Não existe separação entre você e este campo de energia. O campo da potencialidade pura é o próprio Eu. E quanto mais você busca a sua verdadeira natureza – o próprio Eu – mais se aproxima do campo da potencialidade pura.

Na experiência do Eu, chamada auto-referência, nosso ponto de referência interior é o espírito e não aquilo que nos rodeia. O seu oposto é o objeto-referência, cujo ponto de referência interior é o ego. Na experiência do objeto-referência nos deixamos influenciar pelo que acontece fora da nossa natureza interior: pelas situações, circunstâncias, pessoas, coisas. Neste estado buscamos incessantemente a aprovação dos outros: nossos pensamentos e comportamentos antecipam-se a toda resposta, porque fundamentam-se no medo. No objeto-referência nossa tendência é querer controlar as coisas, ter necessidade do poder externo. Todas essas situações – necessidade de aprovação, de poder externo, de controle das coisas – estão baseadas no medo. Esse tipo de força não é a da potencialidade pura, o poder do Eu, o poder real. Se experimentamos o poder do Eu, não há medo, não há compulsão para o controle, não há esforço para obter aprovação, ou para conseguir o poder externo.

No estado do objeto-referência o ego está em primeiro lugar. Mas ele não expressa o que você realmente é. O ego reflete apenas a sua auto-imagem, a sua máscara social, o papel que você representa. Sua máscara social necessita de aprovação, de controle, de apoio no poder, porque vive com medo.

Seu verdadeiro Eu – que é seu espírito, sua alma – está livre dessas coisas. É imune à crítica. Não teme desafios. Não se sente inferior a ninguém. Mas também é humilde. Não se sente superior, porque reconhece que todas as pessoas representam o mesmo Eu, o mesmo espírito com diferentes faces.

Essa é a diferença essencial entre auto-referência e objeto-referência. Na auto-referência você experimenta seu verdadeiro Eu, que não teme desafios, respeita todas as pessoas e não se sente inferior a ninguém. O autopoder é, portanto, o verdadeiro poder.

Já o poder assentado no objeto-referência é um falso poder. Por estar fundamentado no ego, ele existe enquanto existir o objeto de referência. Se você tem muito dinheiro, ou um título, um cargo importante – presidente de um país, presidente de uma empresa -, esse poder tão apreciado desaparecerá juntamente com o dinheiro, com o título, com o cargo. O poder baseado no ego, portanto, termina quando acabam essas coisas. Assim que desaparecem – seja o título, o cargo, o dinheiro – o poder também desaparece.

O autopoder, no entanto, é permanente, porque está fundamentado no conhecimento do Eu. O autopoder tem características próprias. Ele atrai não só as coisas que você deseja, como as pessoas que possam lhe interessar. Magnetiza as pessoas, as situações e as circunstâncias que alimentam seus sonhos, apoiando-se nas leis naturais. É também suporte da divindade que se encontra num ser em estado de graça. É tão intenso esse poder que você encontra prazer em se ligar às pessoas e elas a você. É o poder do vínculo – vínculo originado do amor verdadeiro.

Deepak Chopra





Fonte - Consciência Cósmica







Observe e contemple...

Você não é você , você é algo que o você que pensa que é , não entenderia. Por isso é você... aqui... vivendo esse você... porque só com esse adorno, esse campo de átomos aglomerados e densos poderia observar o que se vive com os olhos de você...

observe á sua volta.... vá la , só dois segundos...
o que vê é luz... que tal como seu adorno são átomos em movimento lento... densos... a essa lentidão se chamou tempo... muitos lhe chamam ilusão, mas prefiro lhe chamar cenário... um cenário criado para que esse você possa observar... cheirar... degustar... apalpar... e para observar com alguma consciência esse tempo, tem uma mente... mente é tempo...
observe... seus olhos podem não ver , mas a luz está ai ... aqui... ali... em tudo.
Seus olhos aliados á mente apenas conseguem ver o tempo... a densidade da luz...
Inspire... vá la só uma vez....
Você inspira luz... prana como lhe chamam... e logo você é luz... a luz está em tudo o que você vê e cheira, sente, apalpa , e mastiga...
Para vivenciar tudo isto, teve que se desacelerar para poder entrar neste tempo... nesta faixa... neste cenário...
Esse você , que você pensa que é, não se lembra da sua casa mãe... só assim o cenário poderá ser vivido intensamente... de todas as formas... todos os sabores...
Apesar de estar neste cenário, a luz que você é , está ai... conectada á casa mãe... a observar profundamente o que o seu você vive e cheira... essa luz que você é , tem um nome em palavras... muitos lhe chamam essência... outros lhes chamam luz pura... mas a palavra que mais se usa é “ Amor “... mas a mente que você usa para viver no cenário nunca entenderá esta palavra... ela não consegue definir, pois ela é um programa... sua mente é uma ferramenta, parte do cenário para viver o cenário....
Essa luz e amor que está em você , usa esse corpo e essa mente, para viver nesta faixa...
Toda a sabedoria que encontrar, será para observar, aprender, viver o tempo, experimentar o que é fora de si.... apenas sentir o que é a faixa do tempo...
... a luz não pára... ela rodopia em movimento harmonioso, e a cada etapa sua luz e amor que habita em você , muda de faixa... entra noutra frequência... noutra onda...
E sua luz em plena observação , grava tudo, vincula toda a vivência á sua luz... ela saberá quando mudar de faixa... e todas as faixas estão ligadas, em conexão...
Todos os “ Vocês “ que encontrar pelo caminho , estão conectados á casa mãe , logo eles experimentam tudo o que a luz e amor observa... sendo todos de uma casa mãe, sua luz e amor , são eles também... tudo é você... observe...
O cenário se modificará, e sua luz sempre observando, todas as faixas , todos os cenários...
A casa mãe , que muitos lhe chamam Deus pai/mãe , Fonte, está afinal em tudo o que você observa... ela está com sua luz unica e inesgotável , em todos os cenários...
Inspire... viva... sua conexão está em você... o “ Tudo” está ai , agora mesmo... pode acessa-lo pois você é a fonte... Aqui... sua mente pode ficar com muitas emoções, desesperos, até mesmo para entender isto e não conseguir... mas a “ Luz “ que você é , está sempre bem... ela é apenas... ela é a alegria extasiada em amor de uma luz pura.... mesmo que o você que você pensa que é , se irrite com isso....
Sendo você luz em movimento... vibração... em movimento lento , denso, com mente , com tempo, mudará de faixa quando acelerar sua vibração... quando entrar em SI , e ver a luz que é na verdade da fonte... se iluminará em plenitude com a fonte... logo acelerado demais para esta faixa... e assim sucessivamente.... você escolhe... sua luz decide... o que observará... nas outras faixas não existe tempo, ou para a sua mente entender melhor, o tempo é diferente... o espaço é diferente... o cenário é diferente... a luz é mais acelerada... menos densa... mais fluida...
Inspire e observe.... mesmo o você que você pensa que é, é luz... ame-o como puder, porque ele é fonte... ame-o conforme sua mente pensa o que é o amor... porque na verdade você é o amor... é a luz pura da fonte...
... á sua mente não resta nada a não ser aceitar isto... quando ela falar muito diga-lhe isto... ame-a , mas não a deixe tentar ser outra coisa se não isto... use-a devidamente para observar e contemplar o que na verdade você é...
A você lhe digo, só lhe resta a alegria... você é a alegria... você é o êxtase da luz pura...
Faça este mergulho em SI, e contemple o que você mesmo criou... você é a fonte da criação...
... em palavras desta faixa, você é “ Deus “... Deus é a fonte de luz que está em tudo o que existe... ela brilha em cada gota de água, em cada pedaço de terra, em cada brisa de vento, em cada chama de fogo, e no éter do amor uno....
Cante, ria, chore, dance, mas principalmente ame... porque a existência é amor... Seja apenas o que você é !

Helder Santos (बोधिसत्त्व) - ( Consciência Cósmica )
 — com Elizabete Bety e Moacir Florios.